Dani Calabresa comenta polêmicas sobre assédio, entrada no BBB e decisão de congelar óvulos

Após comemorar o sucesso  nas duas temporadas do programa “Dani – se” a humorista está agora com um novo projeto dentro do programa Big Brother Brasil22, ela apresentará o quadro “Cat BBB”. Em seu programa no GNT a paulista dividia o horário ao lado de Pedro Monteiro. Os dois faziam stand-up divertidíssimos ao lado de Fernanda Paes Leme e Kiko Mascarenhas.

A comediante foi capa da revista ela,do jornal o Globo, desse domingo e contou sobre as polêmicas inusitadas em que acabou sendo protagonista mesmo sem querer. Além de falar sobre a polêmica que envolve Marcuss Merlin, quando foi assediada na Globo, a comediante também falou sobre sua separação com humorista Marcelo Adnet.” Não fui eu quem trair. É triste ser Mulher, lutar para ter espaço, ter uma carreira fazer uma busca no Google e cair em notas sobre assuntos como esse”,relatou ela.

Ela também comenta sobre a decisão de congelar seus ovos e o seu novo relacionamento com o publicitário Richard Neuman.”Queremos nos casar fazer festa e Poder chamar o É o Tchan com todo mundo protegido, saudável e feliz. Por isso não sei se o casamento será em 2022 ou em 2023″

Segue abaixo um trecho da entrevista com Dani Calabresa.

O Dani se era um sonho antigo. Achava que faria antes no  teatro, que seria o meu solo. Em 2019 levei a ideia para o GNT. Fiz questão de ter um parceiro. Acabou que a melhor coisa no meu projeto solo foi dividir o programa com Pedroca(risos). Sobre o BBB estou muito feliz integral o Cat, é uma sensação maravilhosa ingressar no programa.

Foi lindo! O Richard é muito amoroso, parceiro e sensível. A gente começou a namorar em janeiro de 2020 e “casamos” por causa da pandemia, conhecendo a intimidade um do outro trancados. Queremos nos casar fazer festa e Poder chamar o É o Tchan com todo mundo protegido, saudável e feliz. Por isso não sei se casamento será em 2022 ou em 2023.

É muito difícil a gente conseguir perceber e assimilar quando uma coisa tão absurda como essa acontece. Nós, mulheres, alta alta para acreditar que os homens podem falar palavrão, fazer putaria, trair, que tudo isso é normal, “coisa de homem”. Mas é um absurdo normalizar esse tipo de comportamento. Depois, a gente passa por dificuldades e até se questiona se está exagerando ao ficar indignada. Mas a reposta é a seguinte: se causa constrangimento, se provoca medo, se faz mal para o emocional, não é exagero. E não é uma briga. Estava falando com o meu noivo sobre o caso deste médico que veio à tona ( o obstetra Renato Kalil, que está sendo acusado de assédio moral, abuso e violência obstétrica) Fiquei imaginando essas mulheres tendo que comprar uma briga na Justiça. Richard pontuou: “Não é uma briga, você passou por isso. Lutou por algo que não concorda e pelos seus direitos ”. A gente tem que ter direito de trabalhar sem medo, de tomar uma anestesia sem medo, de ser tratada com respeito no trabalho, no metrô e em todos os lugares.

O caso se tornado público há um ano com uma reportagem da revista Piauí. Qual é o impacto disso na sua vida?

Queria que o assunto ficasse restrito à empresa. Pedi ajuda para trabalhar em paz, para ter paz. Já é uma situação delicada. Especulações, comentários e fofocas machucam ainda mais. Não assediei nem desrespeitei ninguém. Não era para pesar para mim. Quero seguir, com leveza e pepitas ( risos ).

No começo, não tive essa preocupação porque não queria que as pessoas soubessem, achei que ficaria entre os chefes da Globo. Ainda estou assimilando toda essa exposição … Mas também não quero me preocupar com isso. Quero que as pessoas pensem assim: sabe quem é a Dani? A Dani é apaixonada por comédia, apaixonada pela Disney, apaixonada pelos amigos. Ela superou uma traição e um assédio? Superou! Ela brinca, é cômica, mas também mostra que vai à luta mesmo com medo. Ter coragem não é não sentir medo e, sim, batalhar pelo que se acredita. É muito melhor enfrentar um problema do que arrastar um sofrimento.

Eu conto com uma rede de apoio formada por amigos e amigas maravilhosas, como a Maria Clara Gueiros. Além de ser um artista muito talentosa, ela é uma mulher inspiradora. Ela reparou uma coisa inadmissível e me deu voz, segurou a minha mão e está grudada comigo até o fim. A vida é mesmo surpreendente: nunca sabemos quem estará com a gente. Tem alguns amigos que vão até um degrau; outros sobem antes e ainda te puxam. Fiz a minha parte, mas não quero ficar com uma bola amarrada aos pés. Colei os pedaços e estou aqui, amor. E não quero descolar nada e nem levantar nenhuma casquinha.

É difícil falar sobre isso com vocês, jornalistas, porque vira aspa. Falei no podcast “acabou com a minha vida”, mas não em tom sério. Passou. Sinto gratidão pelo que vivemos. Estou diferente no meu relacionamento atual graças ao que passei. As coisas não cicatrizam no tempo que a gente quer. Aí você pensa: “Meu Deus, leva um ano para se sentir bem e se abrir para uma nova pessoa?”. A terapia me condiciona a não bater só na tecla do sofrimento. Terapia, amigos e família são um combo imbatível, vamos colocar vodca e nutella também (risos)

Congelei meus ovos em agosto de 2020.

Ao conhecer Richard voltou à vontade de ter uma família. Os filhos estão muito no nosso radar. Não sei quando mas vocês vão perceber, vão ver uma barriga (risos). Estamos sonhando com isso.

       Foto: (Reprodução/ Bruna Castanheira)

O meu “dani-se” vai para o Bolsonaro com um panetone na cara. Não tem como jogar contra a vida. Espero que o mundo cure logo e que em 2022 a gente procura se encontrar e se abraçar cada vez mais. Estou otimista.